quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Review: Call of Duty: Black Ops

Call of Duty deixou de ser aquele shooter exclusivo de PC para se tornar uma das mais bem sucedidas séries atualmente. Black Ops chegou, com a promessa de revolucionar completamente o Call of Duty que conhecemos, mas será que com a Treyarch missão dada, é missão cumprida?


Apresentação:
Assim como de costume na série, a campanha single-player de Black Ops tem toneladas de momentos realmente impressionantes. Começamos como o agente de operações secretas Alex Mason, que está sendo interrogado por uma pessoa desconhecida para relatar algo do qual não se lembra, o jogo te leva ao longo de Flashbacks, em cada um, temos uma missão, como já é comum não jogamos apenas com Mason, e sim também com Jason Hudson, o interrogador, CIA. A primeira cena do jogo já mostra que houve uma mudança completa no estilo de roteiro do jogo, agora, ao invés da guerra declarada entre países, forças secretas como Black Ops, SOG e CIA estão combatendo terroristas que possuem uma arma biológica perigosíssima, chamada Nova 6.

Você começa com o objetivo de matar apenas Fidel Castro, missão completa, opa, Castro vive até hoje, pra que servem os decoys? Mas a campanha de Black Ops não para por aí, outra missão que com certeza chamará sua atenção vem logo a seguir, Vorkuta, onde você re-encontrará o personagem Viktor Reznov, de World at War, aliás, World at War é bastante explorado em Black Ops, que tal ver e ouvir Dimitri Petrenko, principal personagem com quem você joga em World at War, pena que sua morte é dolorosa e fria.

O jogo se passa em sua maioria na Guerra Fria mostrando as operações secretas, trazendo vários personagens distintos, incluindo John F. Kennedy, presidente dos EUA e muito mais. Os gráficos do jogo realmente impressionam, mas o áudio é nota 11. Não só a incrível soundtrack como os efeitos sonoros vão agradar seus ouvidos, mas a dublagem do jogo é memorável. Na minha opinião, a melhor campanha singleplayer da serie, batendo os que para mim eram imbatíveis: Call of Duty 4 e Call of Duty 2: Big Red One.

Infelizmente os problemas de sempre continuam, a campanha dura no máximo 5 horas (dificuldade Regular), na média das 4 horas, se você tentar no Veteran, prepare-se para perder sua vida social, pois horas e horas de sangue e balas vêm ai. No entanto são apenas 15 missões, das quais 13 são jogáveis, as outras 2, você “apenas” irá alucinar e andar por aí, numa receberá ordens da maior autoridade do país enquanto está no Pentágono. O outro problema, este o número 1, é a falta de A.I. ou em português Inteligência Artificial (I.A.).

Os inimigos, dependendo da dificuldade, poderão ser um problema, pois irão procurar meios de atacar pelos flancos, mas sempre irão ignorar seus aliados e focar apenas em você, problema gravemente encontrado em CoD4 e W@W, felizmente, não é tão grave no MW2. Os aliados nem precisavam estar lá, você basicamente faz tudo sozinho o jogo inteiro, eles são apenas complementos da estória, porque na prática, ficam parados no meio do mapa atirando sabe se lá em quem, ou aonde.


Gameplay mudou (?)

Como prometido, o gameplay de Black Ops traz toneladas de conteúdo novo, desde comandar seu esquadrão num SR-71 Blackbird lá do espaço, até coisas como pular de uma montanha em plena avalanche, mas quando você para um momento e pensa, a essência da série que todos conhecemos ainda vive, e forte, isso não significa algo bom, nem algo ruim, na verdade, significa os dois. Temos agora uma variedade de missões como nunca antes, se você achou que MW2, com as missões Cliffhanger, Takedown e outras já trouxe uma variedade ótima, espere para ficar de queixo caído com Black Ops, pois é algo nunca antes visto.

Vorkuta vai ser várias vezes citada nesse review, a missão realmente me surpreendeu, a escapada de uma missão finalizando com uma incrível perseguição de motocicleta e a fuga de um caminhão para um trem...ufa, ainda bem que passei essa. As sequencias de breach em câmera lenta não devem passar despercebidas, já que são espetaculares, principalmente quando acontecem enquanto você faz rapel numa montanha. Os veículos são mais uma vez bem explorados pela Treyarch, tanques, motos, caminhões e até barcos são utilizados ao longo do jogo

Como já disse, no fim das contas é o mesmo gameplay que já conhecemos, isso é bom pois não perdemos aquele gameplay rápido e frenético, mais é ruim pois continuamos “na mesma”, não a mudança de movimentação além da mudança Infinity Ward-Treyarch, a única coisa que vale a pena destacar é a habilidade Dive-to-prone, onde podemos nos jogar e deitar no chão, não precisando agora agachar, para então deitar.

Zombies inbound!
Os zumbis estão de volta em Black Ops, agora com um novos mapas, armas e criaturas. Os perks e rewards voltam. Um dos mapas, denominado “FIVE” é uma mistura do Pentágono com o Rebirth Lab do jogo, mas o legal é que você joga com Fidel Castro, JFK, Robert McNamara e Richard Nixon, o que torna o modo mais engraçado ainda.


Vamos encarar, queremos o multiplayer

A grande maioria de gamers que jogam Call of Duty, compram o jogo quase que exclusivamente pelo Multiplayer do jogo. Black Ops prometeu um Multiplayer bem avançado, com uma inovação e customização nunca antes vista. A customização é realmente única, podemos escolher nossa arma, camuflagem, mira, cor da mira e até a cor da lente da mira. Além disso temos também a pintura facial, para deixar você realmente único.

A inovação do multiplayer no entanto, não é tão grande e se restringe basicamente a 4 coisas. A primeira é algo que você vai odiar, ou amar, os CoD Points. Agora, ao invés de abrir armas e perks avançando de nível, você terá que gastar seus Cod Points, a economia do jogo, então gaste bem, pois não existe a opção de devolução. Tudo, absolutamente tudo, deve ser comprado com eles, Killstreaks, Perks, Camos, etc. Se você quer ganhar CoD Points você pode fazer contratos e completar desafios, mas a melhor maneira de ganhar mais e mais são nas Wager Matches. Sticks and Stones, Gun Game, Sharpshooter e One in The Chamber são os modos de jogo das Wager Matches, nelas, você pode apostar, isso mesmo, apostar seu dinheiro, sempre tem uma quantia estipulada para os que ficarem “In The Money”, 1º, 2º e 3º lugar, mas caso elas não forem muito altas, você pode apostar mais e aumentar, nisso você ou ganha, ou perde uma boa quantidade de CoD Points.

A outra inovação é o Combat Training, onde você pode jogar um cooperativo, online ou offline contra A.Is. simulando os modos multiplayer. No final das contas o maior destaque do Multiplayer é o Theater Mode, nele você pode gravar, editar e upar seus últimos jogos do Multiplayer. Para upar basta criar uma conta no CoD HQ, conectar com sua LIVE ou PSN e então upar na sua conta do YouTube. Além disso, temos algumas novas killstreaks e perks, mas no fim, os velhos modos de jogo, armas conhecidas e estilo de mapas estão de volta.


O Veredito

Black Ops com certeza traz a melhor campanha singleplayer de toda a série Call of Duty, um Multiplayer cheio de novas adições, que pode também ser julgado como o melhor da série, e a volta do divertido cooperativo zumbi. Ainda sim, problemas como a A.I. persistem, se bem que eles estão na maioria dos jogos hoje em dia. Você também notará muitas coisas familiares, então a inovação do jogo não chega a 100%. A Treyarch recebeu uma missão, e com êxito, a cumpriu, o maior lançamento do ano fez jus ao nome da série e mais uma vez te prenderá horas e horas na frente do console.

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