Detalhes de Uncharted 3, Move, Filme.
Segundo ele, o filme do diretor David O'Russell não vai usar uma "dinâmica familiar" conforme havia sido noticiado, e tampouco o ator Mark Wahlberg foi escolhido para viver Nathan Drake nos cinemas.
"Em primeiro lugar, todas essas coisas foram desmentidas por David O. Russell," disse Richmond. "Ele na verdade veio até nós com uma cara do tipo 'Eu não sei do que esses caras estão falando'". Ao que tudo indica, tudo não passou de fofoca de Hollywood.
A respeito do jogo, Richmond sabe da responsabilidade que ele e sua equipe têm à frente. Ele disse que todos estão trabalhando em melhorias em todas as partes, por mais sutis que elas possam parecer no final. "A grande sacada é que mudamos os engines de iluminação do primeiro para o segundo jogo, e estamos mantendo o mesmo engine de iluminação agora", explicou ele. "Então, já temos todos esses avanços. Agora estamos refinando-os".
Os avanços que o segundo representou sobre o primeiro de fato foram notáveis, mas para o terceiro Uncharted Richmond reconhece que as mudanças não serão tão dramáticas. A área que mais vai apresentar melhorias é a de animação. "Estamos fazendo algumas loucuras em relação a onde queremos ir e criar animações", disse ele. "Então, Drake vai realmente mudar de estado de animação baseado no que estiver acontecendo".
Como exemplos, Richmond disse que Drake pode arrastar sua mão contra um muro enquanto ele passa, ou até mesmo reagir realisticamente diante de alguns perigos, como fumaça e tiroteios. "Não queremos que você ande pelo fogo sem reagir", explicou ele, "mas muitas dessas mudanças de animação refletem sua reação, baseadas no que ocorre ao seu redor, em vez de tirar o controle do jogador nesses momentos. É sobre torná-lo ainda mais realístico".
Dessa vez, segundo Richmond, as lutas corporais envolverão múltiplos inimigos simultâneos. "O fato de que você poder lutar múltiplos caras ao mesmo tempo, mano-a-mano, faz uma grande diferença", sugeriu. "Você não podia fazer isso no jogo anterior. Então coisas como uma luta em um bar no jogo - você pode ter de cinco a dez caras em volta de Drake, socando-o de verdade."
Enquanto isso, Drake poderá utilizar objetos no cenário, incluindo garrafas que podem ser quebradas na cabeça de adversários. Ele também pode tomar a arma de alguém e acabar com a briga rapidamente.
Mudando de aspecto, o diretor também comentou sobre os quebra-cabeças do jogo, que agora se beneficiam de algumas melhorias baseadas em física. "Imagine isso. O lustre reage ao peso de Drake," argumenta ele. "Então, você pula nele e começa a balançar. O único modo de chegar ao próximo ponto de apoio que precisa é de fato balançar essa coisa na direção certa. Então imagine que esse lustre está na verdade preso em algo, então eu tenho que subir nele, soltá-lo, descê-lo, e então balançar na direção certa".
Apesar deste tipo de elemento soar bastante propício para ser usado com o PlayStation Move, a Naughty Dog permanece sem planos para implementar suporte ao acessório em seu game, embora testes já tenham sido feitos. "Achamos que se você vai desenvolver um jogo que use o Move, você tem que fazer um jogo para o Move. Você não deve pegar um título que já existe com todos aqueles mecanismos de controle e então adaptá-lo. Ainda não achamos um modo legal de usá-lo", acrescentou. "Se encontrássemos, faríamos".
A equipe de produção, na verdade, chegou a experimentar o Move, e até a criar um protótipo onde "movimentos simples" podiam ser feitos com o Move. Mas a tecnologia consumiu uma parcela significativa de memória para calcular os movimentos do jogador, e Uncharted 3 já consome bastante dos recursos do sistema. Por conta disso, a Naughty Dog decidiu não sacrificar nada em Uncharted 3, principalmente depois de considerar que nem todos os jogadores usariam o Move para jogar seu título.
Até o momento, apenas Drake e seu inseparável amigo Sully foram confirmados no game, cuja história lança mão dessa velha amizade. Entretanto, o diretor garante que outros personagens vão retornar. "Há muitos personagens sobre que ainda não falamos", disse Richmond. "Haverá mais personagens voltando do que da outra vez".
O diretor também mencionou que o culto organizado que faz oposição a Drake nessa versão será uma ameaça mais intelectual do que os mercenários que ele enfrentou até agora. "É um inimigo mais do tipo manipulador do que simplesmente um cara mau", indicou ele. "Obviamente, você ainda vai ter que atirar nesses caras, mas a ideia é que eles possam mexer com uma cabeça também".
Uncharted 3: Drake's Deception só vai receber algum tipo de DLC com história, algo que não aconteceu com os dois primeiros, se houver alguma grande oportunidade, mas no momento o prospecto não é dos melhores. "Se sentíssemos que fosse financeiramente correto e achássemos que o certo a se fazer, nós faríamos totalmente uma expansão com história. Mas geralmente, o que acaba acontecendo é que a história é realmente apertada, e acrescentar fases extras e coisas assim mexe com o fluxo dela. Geralmente cortamos coisas por uma razão, e então chegaremos a algum ponto no jogo onde faríamos algo extra, mas isso simplesmente não funciona". Richmond também alega que um DLC com história tende a ser caro, já que você precisa trazer de volta os atores para qualquer trabalho extra nas novas fases, e seria arriscado se basear no retorno financeiro desse material para justificar os novos custos.
Já para o componente multiplayer, as coisas são diferentes. Esse é um dos grandes focos de Uncharted 3, que já tem a promessa de atualizações pós-lançamento e o knowhow adquirido pela Naughty Dog de sua experiência anterior.
"A maior coisa que aprendemos foi não mudar significativamente o dano das balas do jogo depois de lançá-lo", lembrou Richmond. Na ocasião, a equipe precisou rebalancear o
multiplayer depois que Uncharted 2 foi lançado, e Richmond disse que a Naughty Dog foi inundada pela opinião de usuários depois que as mudanças foram feitas. Muita delas, comentou ele, ajudaram no desenvolvimento do novo componente multiplayer.
"No próximo jogo vamos arrebentar," prometeu Richmond sobre o multiplayer de Uncharted 3. Vamos realmente levá-lo ao próximo nível, ouvir o que os fãs dizem, fazer todas as coisas que queríamos fazer no jogo anterior e não tivemos tempo, porque realmente fizemos a coisa toda em um ano".
Sobre o cooperativo, Richmond garante que este voltará ao modo multiplayer, mas a Naughty Dog ainda não está interessada em colocar a opção na campanha principal. "Isso não é algo que queremos fazer", disse ele. "Não é o tipo de história que queremos contar. Quando você coloca um segundo jogador no jogo com você, isso muda seu sentimento com relação ao jogo - não é você experimentando-o, é você com mais alguém".
Por fim, Richmond comenta sobre a data de lançamento do jogo e a esperada competitividade comum do final de ano. "Estou preocupado com o quão povoado está", admitiu ele sobre a janela de lançamento, marcada para novembro de 2011. "eu acho que podemos nos colocar de frente a qualquer um, enfrentar qualquer um. Há um rolo compressor com Call of Duty, seja lá o que eles forem fazer, e Assassin's Creed parece que vai sair na mesma época que a gente - seja o 3 ou qualquer outro. Por fim, temos datas financeiras para obedecer; temos que lançar o jogo quando acharmos que faz sentido. Não vamos gastar mais de dois anos nesses jogos".
Se o game for adiado, a decisão para tal virá da Sony, e não da Naughty Dog. "Por nós, vamos obedecer nossa data", assegurou o diretor. "A Naughty Dog não perde seus prazos", concluiu. Uncharted 3: Drake's Deception é exclusivo do PlayStation 3 e chega em 1º de novembro de 2011.
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