quarta-feira, 30 de junho de 2010

KillZone 3



Não há pre-renders, nenhuma cut-scene elaborada ou falsas promessas; a revelação de Killzone 3 é pura e simples.
Há muita coisa familiar no começo; continuando do final cliffhanger  de Killzone 2, Sev, Rico e o restante das forças ISA – severamente reduzidos pelo clima de ataque nuclear – lutam contra uma equipe do exército Helghan no agonizante esforço de poder. “É David vs. Golias,” explica Herman Hulst do Guerrilla, “mas dessa vez Golias trouxe dezenas de tropas e um arsenal termonuclear.”
De longe, também Killzone 3 parece familiar; o desenvolvimento começou quando Killzone 2 começou a ser vendido, e naturalmente usa a mesma engine dele. Não, isso não é algo ruim: Killzone 2 permanece até hoje como um dos shooters mais bonitos, o único jogo que recebe um tratamento parecido é um iminente Crysis 2.

Mas não é contra Crytek, Treyarch ou Dice que Guerrilla está se impondo; é mais como uma competição em casa. “Claro, alguns pequenos jogos vieram antes da gente,” disse Hulst, se referindo ao sucesso de crítica de Heavy Rain, Uncharted 2 e God of War III.“Estamos orgulhosos de nossos amigos de estúdios globais, esses jogos nos inspiraram a dar o passo inicial e oferecer uma sequência explosiva de Killzone 2, que ficará melhor a cada passo. Nada como uma competição amigável para que elevemos o nível mais uma vez.”
“Ambos fizeram um trabalho fantástico,” concordou o produtor Senior Steven Ter Heide. “Uncharted 2 faz coisas incríveis contando estórias e God of War III faz coisas incríveis com escalas. São coisas que tomamos nota – obviamente somos um tipo de jogo diferente e será uma experiência diferente, mas observamos o que eles fizeram e em como podemos implementar esse tipo de coisa. Eles nos pressionaram a trabalhar duro.”
É fácil perceber a relação entre Killzone 3 e Killzone 2, funciona na mesma linha entre Uncharted 2 e o original Uncharted. Assim como Nathan Drake remedia cada gripe do primeiro, Killzone 3 dá um passo à frente nos problemas de seu predecessor , e ao mesmo tempo tornando tudo que era ótimo em Killzone 2, ainda melhor.

Parece que Guerrilla está a par dos seus erros e não os repetirá em Killzone 3. Uma grande crítica de Killzone 2 foi sua monotonia de cores – claro, o marrom sinistro e o amarelo morto certamente ajudaram na estética opressiva, mas conforme avança na campanha isso logo se torna fatigante. Killzone 3 resolve isso com desenvoltura. Embora não tenham mostrado isso em funcionamento, o conceito de art de várias fases mostram que haverá um caleidoscópio de cores, os terrenos deprimentes dos caminhos de Killzone 2 deram lugar a selvas cheias de luzes fosfóricas, e através do branco brilhante de uma fase coberta de neve.
Eles combinam através de um incrível senso de escala. Os três primeiros minutos do hands-on te poe no clima muito mais do que a primeira fase inteira de Killzone 2, e é dez vezes maior que antes. É uma mudança que tem ramificações óbvias ao gunplay em si.“A melhor coisa que fizemos em Killzone 3 não é ter somente uma variedade de ambiente, mas também na experiência gameplay – as coisas que você faz de minuto a minuto,” disse Heide.

Nomeado como Frozen Shores, a fase coberta de neve toma conta de quatro fases de Killzone 3 na campanha single-player, Sev e Rico estão tentando facilitar o caminho para o exército resgatar o Capitão Narville. Começa com Sev em um dos Intruders de Killzone, manejando uma mini-gun que costuma levar o inferno as forças Helghan que ocupam a região. Naves inimigas logo se juntam a festa, somente para serem feitas em pedaços pela mini-gun e cair em espiral do céu.
É o Killzone que você conhece a adora: cenários industriais sendo consumidos por explosões de um enorme arsenal enquanto a tela treme violentamente. Sequências como essa são a cara de Killzone, embora agora foi adicionada maior fidelidade em suas execuções graças ao sistema de áudio melhorado. Isso pode soar como insignificâncias técnicas, mas saiba que; é a chave para que o Bad Company do estúdio DICE soe tão bem, e adiciona uma camada perceptível ao – já rico – cenário musical de Killzone 2.

É uma adição pequena mas bem vinda, com o tempo o Intruder é derrubado contra a neve por um RPG Helgan, Killzone 3 começa a mostrar onde as mudanças ocorreram. Tendo se arrastado por destroços, Sev pega uma mini-gun que se provou útil a alguns segundos atrás. Claro, bastante lenta após a queda do helicóptero mas é uma aliada quando se enfrenta uma multidão de Helghast.
Outro fator que realmente foi melhorado é o sistema do melee, seus ataques e a forma com que você faz isso no jogo ficaram muito mais dinâmicos. O sistema agora é conforme o contexto do cenário, você pode meter o pé em um soldado Helghan antes de acertá-lo com uma faca, tudo isso com um simples pressionar do botão melee.

Mas dessa vez há um Helghan que você não conseguirá eliminar tão fácil assim com uma morte brutal, como já havia sido anunciado anteriormente, agora temos soldados Helghan que utilizam jetpack (uma espécie de mochila com jatos), pode dar impressão de que o estúdio Guerrilla está copiando um famoso jogo de 360, mas vale lembrar que jetpacks já faziam parte de Killzone no PSP, com o título Liberation.
Há ainda outros elementos perceptíveis do gameplay de Killzone 3, WASP – uma rocket launcher montável. Assim como a mini-gun retratada inicial, ela reduz a mobilidade de Sev e é utilizada especialmente para aqueles momentos onde fica você, contra um exército de Helghans. O ataque principal libera uma onda de mísseis que irão atingir o local programado, e o ataque secundário exibe um scoope, onde você seleciona o local e mísseis irão atravessar o céu deixando fumaça e barulho até explodirem com violência ao chão atingindo uma grande área do campo de batalha.
E claro, não podemos esquecer das recentes notícias onde ficamos sabendo que Killzone 3 terá suporte tanto ao PlayStation Move, quanto ao 3D do PlayStation 3. Durante a E3, um dos desenvolvedores da Crytek seu declarações envolvendo Killzone 3, no evento há várias estandes onde os jornalistas e pessoas presentes no evento podem testar os títulos, e pessoas que testaram Killzone 3 em 3D e depois Crysis 2, também em 3D, constataram que o segundo jogo está realmente muito mais bonito na nova tecnologia.

Mas um fator importante vale a pena ser mencionado, apesar da exibição bastante antecipada de Killzone 3, a sony já possuía tanto uma pequena demo como preview quanto uma demonstração do 3D in-game. Com certeza podemos esperar que até 2011 (previsto lançamento de Killzone 3) o jogo estará mais bonito e muito mais trabalhado, tanto no gráfico para televisores normais, quanto para televisores 3D.
Adaptação: IGN

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