Army of Two: The 40th Day Análise
Os "irmãos de armas" Elliot Salem e Tyson Rios fizeram a sua primeira aparição no mundo dos videojogos no ano de 2007, em Army of Two, e agora estão de regresso no novíssimo Army of Two: The 40th Day. Elliot Salem e Tyson Rios são agora mercenários contratados para fazer pequenos "serviços" a troco de dinheiro, isto, claro, com a ajuda da preciosa Alice Murray.
A meio de um "serviço", a dupla é apanhada desprevenida, quando Xangai é alvo de vários ataques terroristas fazendo com que a estratégia de Elliot Salem e Tyson Rios mudasse para a sobrevivência e extracção da zona de impacto. É a partir daqui que a "festa" começa, e qualquer zona por onde a dupla passe está, literalmente, apinhada de inimigos que os querem matar sem qualquer razão aparente.
Army of Two: The 40th Day não tem muitas diferenças em relação a Army of Two. As comparações com Gears of War são inevitáveis, devido ao seu sistema refinado de cobertura e blind fire que, ao contrário de Gears of War, não nos prende à parede, esquina ou até ao hipopótamo morto que nos serve de protecção.
Basicamente, para avançarmos iremos usar o sistema de cobertura enquanto damos ordens ao nosso companheiro para flanquear os adversários (ou vice-versa). Isto porque flanquear torna-se quase sempre a melhor opção para avançarmos até à próxima zona de combate. Tal como em Army of Two, neste jogo é possível ordenar ao nosso companheiro para manter a sua posição, para avançar no terreno ou para nos seguir. O sistema de 'Aggro' está de volta, e para quem não sabe, é o sistema que define a agressividade dos inimigos para um dos elementos da nossa equipa, ou seja, se as atenções estiverem viradas para o Salem, o Rios pode facilmente flanquear os inimigos e matá-los num ápice.
É neste campo que Army of Two: The 40th Day se destaca, visto que a I.A. do nosso companheiro é superior quando comparada com muitos jogos que andam por aí. Apesar de, por vezes, não fazer as melhores escolhas, o nosso par faz um excelente trabalho a eliminar alvos, a cobrir-se e a responder às ordens dadas por nós, fazendo todo o jus à expressão "inteligência rara".
Isto leva-nos para outro ponto que começa a ser habitual nos jogos de hoje dia, como Fallout 3, Fable 2, inFamous ou Mass Effect 2, que são as escolhas morais. Em Army of Two: The 40th Day existem situações que nos irão deixar escolher uma das duas opções dadas. Depois de ser feita a escolha será posteriormente apresentada a sua consequência através de uma semi-animação em anime. Contudo, e infelizmente, estas escolhas morais não têm qualquer tipo de influência no desenrolar do jogo.
Apesar das escolhas morais não afectarem a história de Army of Two: The 40th Day, existe um pormenor que é afectado por certas acções, como cumprimentar o nosso companheiro ou então bater-lhe - estou a falar da amizade entre Elliot Salem e Tyson Rios que, entre outras coisas, pode ficar no país das maravilhas ou chegar ao fundo do poço.
O bullet time, conhecido de jogos como Bayonetta, F.E.A.R 2, Max Payne, Red Dead Revolver, Wet e Wanted, também está presente em Army of Two: The 40th Day, que apesar de não ser uma habilidade que possa ser usada em qualquer altura, funciona bem. São dois momentos distintos onde o bullet time se evidencia: a primeira situação é quando fazemos o chamado mock surrender, que consiste em fingirmos que nos entregamos ao inimigo, fazendo com que baixem a guarda, para depois executarmos um quick draw e matá-los em slow motion; o segundo momento é quando ficamos costas com costas (o chamado cover my six) com o nosso companheiro e distribuímos munições de forma violenta até não podermos mais.
A cereja no topo do bolo chega quando Army of Two: The 40th Day é jogado cooperativamente, seja de forma local ou online. Não me interpretem mal, a I.A. faz um excelente trabalho, mas quando temos outra pessoa a nosso lado, a comunicação passa a existir, e a diversão aumenta significativamente. Isto porque Army of Two: The 40th Day falha no que toca a oferecer um verdadeiro desafio, pois é relativamente fácil, e os bosses presentes no jogo não se podem realmente chamar de bosses.
A sonoplastia presente em Army of Two: The 40th Day é boa para o ouvido, o voice acting é bom, tirando o pormenor de, por vezes, não estar sincronizado com a boca da personagem. As explosões são boas, sonora e visualmente, para além das armas terem sons distintos e que, juntamente com o ambiente, nos dão vontade de não largar o gatilho.
E como ninguém dispensa um modo multiplayer, Army of Two: The 40th Day não é excepção. Aqui, existem quatro modos online, sendo eles:
- Control - Cada equipa terá de capturar e defender diversos pontos no mapa, de forma a ganhar pontos;
- Co-op Deathmatch - É muito semelhante ao modo Team Deathmatch de jogos como Modern Warfare 2, onde cada equipa enfrentará outras duplas;
- Extraction - É parecido ao modo Firefight de Halo 3: ODST, onde seremos brindados com hordas de inimigos (I.A.) a dispararem sobre nós, e onde as palavras de ordem passam a ser trabalho de equipa e sobrevivência.
- Warzone - Em Warzone iremos ter vários objectivos para concretizar com sucesso, seja matar um VIP que a equipa adversária está a proteger, ou plantar explosivos numa determinada localização, fazendo lembrar Killzone 2.
Por Mygames - PT
Seja o primeiro a comentar
Postar um comentário