Nvidia GeForce GTX Titan
A Nvidia revelou a GeForce GTX Titan, uma placa de vídeo única baseada no chip gráfico GK110. Espera-se que ela consiga o título de Placa de Vídeo Mais Barra-Pesada do Mundo quando seus benchmarks forem liberados nesta quinta-feira (21/02).
A Titan é a nova placa de vídeo ”Big Kepler” da Nvidia, e tem o dobro de transistores e quase o dobro de núcleos CUDA em relação ao chip GK104, encontrado na GeForce GTX 680. Mesmo rodando com clock mais baixo, ela deve oferecer um incremento considerável de desempenho em relação à já competente GTX 680.
O chip gráfico GK110 foi usado por um ano no mundo da supercomputação, mais notavelmente nas placas de vídeo Tesla K20X presentes no supercomputador Titan, do Laboratório Nacional Oak Ridge – atualmente o supercomputador mais rápido do mundo. Apesar de os benchmarks da Titan ainda não terem sido apresentados, a Nvidia diz que veremos uma disputa acirrada com a GeForce GTX 690, atualmente a placa de vídeo mais rápida que existe. Em outras palavras, a Titan deve ser quase tão rápida quanto duas GTX 680 conectadas via SLI. E adivinha o que isso quer dizer? Ela é mais silenciosa que as duas, mesmo quando trabalhando no limite (sim, nós ouvimos).
Então falemos das especificações. A GTX Titan tem impressionantes 2.688 núcleos CUDA em 14 unidades SMX, 6GB de memória GDDR5 rodando a 6GHz, clock de 836MHz (que pode chegar a 876MHz), 7,1 bilhões de transistores, TDP de 250 W, interface de memória 384-bit e uma única ventoinha. A energia vem de um conector de seis e oito pinos, e o preço é menor do que o esperado (mas mesmo assim alto): 999 dólares, o mesmo que a GTX 690. A placa tem 26,7cm de comprimento e vem numa carcaça de alumínio, ao contrário do case de liga de magnésio da GTX 690. E como a Nvidia não vai permitir mudanças ou incrementos, todas as Titans serão como esta mostrada aqui:
O segredo não é como a Nvidia desenhou o aparato de ventoinha única, que obviamente cumpre um papel importante, mas sim como ela desenvolveu o software que roda com a placa. Basicamente, você pode controlar a temperatura máxima da placa e ela irá acelerar até chegar à temperatura desejada, através de uma combinação de velocidade da ventoinha, tensão elétrica e clock. Isto permite que você a ajuste para rodar da maneira que você achar melhor — com overclock e muito barulho, velocidade padrão e relativo silêncio ou com velocidade reduzida e totalmente quieta. Você pode ajustar estas três variáveis em tempo real, através do software providenciado por fabricantes – muito provavelmente a Asus e a EVGA, se os mesmos precedentes da GTX 690 forem seguidos.
Além dos novos controles de temperatura, tensão e clock (sim, dá para aumentar a tensão), uma nova função exclusiva do Titan permite que você faça overclock na taxa de atualização do seu monitor quando estiver usando o Vsync. Então, teoricamente, você pode atingir 80fps mesmo usando uma tela de 60Hz, e o mesmo vale para telas de 120Hz. A Nvidia diz que a placa de vídeo simplesmente “mente” para a tela e diz para ela rodar numa frequência maior do que deveria, com o aviso de que nem todos os monitores permitirão isso – o único jeito de descobrir é tentando.
Outra função interessante é que a cor e o status do logo GeForce GTX, que fica iluminado na lateral da placa, pode agora ser controlado por meio de software. Nós não vimos isso em ação, mas a Nvidia diz que você poderá ajustá-lo para fazer um monte de coisas, incluindo mudar de cor conforme a temperatura, ou escolher uma cor para combinar com a iluminação do seu computador.
Nós nunca pensamos que a Nvidia faria isso, simplesmente porque a tradição da empresa sempre foi de incrementos e avanços suaves na linha de GPU, feitos ano a ano, especialmente quando não introduzia uma nova arquitetura. Além disso, já que a Nvidia tem uma vantagem estreita no quesito performance sobre a AMD HD 7970 (ao menos em termos de consumo de energia), este seria um motivo para vermos um aumento modesto de 20% de performance na GTX 780, ou algo nessa linha. Ninguém esperava uma placa que prometesse o dobro da performance. De fato, nós dissemos tanto no Tech Preview de 2013 quanto no edição do fim de 2012 da nossa revista, quando escrevemos sobre a perspectiva do lançamento da GK110 no mercado de games, que “seria totalmente não-característico da Nvidia dobrar a performance na próxima geração, principalmente quando a concorrência não justifica isso”. Parece que estávamos enganados, e não poderíamos estar mais felizes sobre isso.
Então por que a Nvidia lançaria essa placa, especialmente quando a empresa já é amplamente considerada a líder no segmento? Nós temos duas opiniões sobre essa questão. A primeira é que ela queria ter a liderança definitiva, não apenas em temperatura ou ruído ou consumo de energia. Todos nós sabemos que a GTX 680 consome menos energia e gera menos calor e ruído que a HD 7970, mas as duas placas agora estão tão próximas nos benchmarks de performance que a edição GHz da a AMD, na maioria dos testes, dá empate ou uma pequena vantagem para a AMD. Isto obviamente não fica bem para a Nvidia, especialmente quando ela tinha todo esse poder logo ali na GK110. Nossa aposta é que a Nvidia decidiu colocar um fim na brincadeira com a GK104 e soltou as feras de uma vez por todas.
O segundo motivo para o lançamento da Titan é o interesse repentino na nova geração de equipamentos reduzidos, como Falcon Northwest Tiki, iBuyPower Revolt, Digital Storm Bolt e outros. A GTX 690 era longa demais para caber dentro destes cases, mas a Titan se ajusta perfeitamente por ser mais de 2cm mais curta, apesar de ter a mesma largura. Isto permite que fabricantes de PCs usem gabinetes pequenos sem comprometer o desempenho gráfico, e também permite que quem monta PC em casa coloque a Titan em cases ATX sem problemas.
Esta foi uma olhada rápida na nova GeForce Titan. Em dois dias teremos os benchmarks completos dela sozinha e em SLI.
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